Tava relendo ontem, pela milésima vez, o poeta Rubens Rodrigues Torres Filho (leiam, o cara é muito bom), no livro O Vôo Circunflexo.
Cada texto que dá preguiça, de tão bom.
Fico olhando os novos poetas da cidade e me dá um medo, porque os vícios são basicamente os mesmos dos velhos poetas.
Ninguém lê.
Todo mundo produz pra caralho.
Mas um não lê o poema, o livro do outro.
Ninguém se preocupa em saber o que foi feito, o que está sendo feito e o que se está pretendendo fazer de poesia no planeta.
Uma desinformação geral.
Os velhos poetas, até que a gente perdoa.
Porque os velhotes não tinham esse volume de informações que tá à disposição dos novos.
Eu acho que falta de informação não tem perdão.
Mas, já que os velhotes tão com um pé na cova e outro na casca de banana (que nem eu tô), a gente perdoa.
Mas os novos? Caraca! Não tem perdão.
Portanto, peão, vc que nunca leu Rubens Rodrigues Torres Filho, ou nunca soube que o cara existiu, tente buscar.
Vale a pena. O cara é muito bom. Como tantos outros poetas são excelentes e merecem atenção.
Atenção!
Senhores "jovens" poetas de Gyn, cada dia mais a caminho do mesmo, da mesmice, do futuro dos que estão passando.
Se liguem!
Saque só um texto do cara:
"Detesto ter morrido nos teus olhos
como se me afogar fosse delícia".