sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A canção Bang bang - My Baby shot Me Down, eu conheci quando vi Kill Bill 1, um puta filme.
Adorei.
Tudo: música e filme.
Ficou o tesão de fazer uma versão e, quem sabe, gravar no Cai Pro pau Gordin Mané!, CD que pretendo gravar, no final deste ano.
Tentei algumas vezes e a versão ficava paia.
Ontem, tentei, mais uma vez: bingo!
Adorei a letra da versão que "fiço".
Posto aqui, pra registrar.
Quem quiser cantar junto, vá no youtube e peça Nancy Sinatra - Bang Bang.
Ouça e tente acompanhar com essa letra que fiz. Fiço!
Não é difícil acompanhar, porque tá direto e reto.
Mudei algumas coisas da letra original, troquei sentidos, coisas minhas, pra não ficar muito em cima.
Versão, pra mim, é usar a idéia original como espinha dorsal e criar a letra em português.
Se possível, com muito bom gosto e talento.
Sempre!

Eu e ele, dois heróis
nossos cavalos de pau
nossas roupas de cowboy
e batalhas pra vencer.

Bang, bang, ele acertou
bang, bang, e eu caí
bang, bang, foi sempre assim
bang, bang, as lutas que perdi.

Veio o tempo e eu cresci
ele me chamou de seu
e sorrindo me falou
dos brinquedos que guardou.

Bang, bang, ele acertou
bang, bang, e eu caí
bang, bang, foi sempre assim
bang, bang, as lutas que perdi.

Quando a música tocou
eu fiquei sem entender...

E agora ele se foi
eu não queria chorar
mas se ele não disse adeus
pode ser que vá voltar.

Bang, bang, ele acertou
bang, bang, e eu caí
bang, bang, foi sempre assim
bang, bang, as lutas que perdi.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Pobre é foda, né? Mal vê alguém na merda e sai logo querendo ajudar.
Mas ajuda pra aparecer, pra fazer bonito, pra se mostrar e, se der, sair no jornal e na televisão.
O Brasil é desse jeito.
Com a tragédia no Haiti, onde morreram milhares de caboclos, o Brasil, pobre metido a besta, saiu na frente e já enviou não sei quantas toneladas de rango, roupa e remédios para o povo de lá.
Será que quem dirige esse paizinho metido a bacana, não saca que isso aqui é que é uma tragédia?
Por aqui, morrem milhares por dia, de fome, de bala e de vício.
E ninguém aqui faz campanha pra ajudar os sobreviventes do País em que vive.
Mas, na hora de ajudar quem mora lá longe e tá recebendo ajuda do mundo todo, principalmente dos maiores países da Terra, o Brasil quer mostrar serviço, aparecer.
E a imprensa não se cansa de dar destaque na ajudazinha brasileira.
Ajudazinha sim. Porque o que nós mandamos pra lá, se for comparado com o que Inglaterra, França e mesmo Estados Unidos mandam, é nada.
Mas não. O povo daqui nem quer saber dos brasileiros que morrem de fome, sede, vício e bala.
Pobre não gosta de pobre que morre na porta da sua casa.
Pobre gosta é de quem morre via satélite, né?
Aí o pobre manda um saquinho de arroz cristal de ajuda lá pra longe e vê, na TV, o avião pousando com a ajudinha dele, e fica feliz e orgulhoso.
Mas não é feliz por ter ajudado. É feliz por ter aparecido.
Pobre gosta é de aparecer, de se achar bacana.
Eu quero mais é que os países ricos ajudem os caras do Haiti. Só.
E quero muito que o Brasil ajude os brasileiros famintos, sem teto, sem terra, sem esmola, sem nada.
Fica fácil para o nosso governo arranjar cartões de comida para os pobres daqui, coisa que mais parece esmola, que ajuda feita de coração.
O Lula já foi pobre. E por isso deveria acordar e parar de mandar a comida daqui pra lá.
Parar de tirar da boca do faminto daqui, o alimento que lhe tiraria temporariamente a fome, para mandar esse alimento pra bem longe, só pra aparecer nas TVs do mundo todo.
Não, véi, sou contra. Assim como sou contra as Paraolimpíadas, sou contra essa movimentação toda pra ajudar os sobreviventes do tal terremoto.
Quero saber se a televisão não estivesse por perto, se o povo se meteria a ajudar. Nunca.
Tenho certeza que essa ajuda não viria nunca.
Do jeito que não vem aqui no País.
Aqui, ninguém ajuda ninguém, porque não vai sair na TV, nos jornais.
Porque ajudar pobre brasileiro já tá tão comum que não dá notícia. Então, pra aparecer, os bobos saem ajudando quem tá na mídia. E quem tá na mídia, agora? Os caras que trombaram com o terremoto.
Acorda, Brasil! Para de ser metido a besta, quando a gente nem é Pais direito!
Para, véi!
E entenda que quem está precisando de muita ajuda somos nós mesmos.
Será que é tão difícil aceitar que somos pobres e fodidos e sair cuidando das perebas da gente?
Ah, nem.... passa amanhã.