segunda-feira, 8 de junho de 2009

Tem um determinado estilo de compositor/cantor no Brasil, que chamam de cantadores.
Pelo menos eu acho que é isso.
São artistas que traçam o mesmo caminho do Elomar.
E que, eu acho, vieram lá do Vandré.
Mas eu não tava querendo falar de cantador.
Tô falando é do Vandré, um artista cuja obra me emociona, me deixa passado.
Acabo de viajar no youtube, em diversas canções do cara e toda vez que faço isso, piro.
Como é que um País sem vergonha desses pode deixar de lado a obra desse caboclo?
Canções como Ladainha, Porta estandarte, Aroeira, Pequeno concerto que ficou canção, Canção nordestina, Das terras de benvirá e dezenas de outras, sem citar as conhecidíssimas, são obras primas da canção mundial.
Não dá pra um povo seguir seu caminho em direção ao futuro, deixando para trás, pessoas que ajudaram na construção do país.
Vandré tá ficando pra trás, ou já ficou pra trás definitivamente?
Tom Zé, por muito pouco, não acabou sua vida como gerente de posto de gasolina em Irará, na Bahia.
Esse Brasil, é ou não, um País que trata muito mal seus bons artistas?
Enquanto lambe o rabo do Zezé de Camargo, deixa Vandré no limbo.
Será que a obra do Vandré não interessa a nenhum selo?
Será que o Brasil de hoje pode ficar privado de suas canções?
Ou será que o cantor não quer mais papo?
Sei lá, dom.. sei lá!
“O amor que tu me tinhas
eu roubei pra me salvar
toda hora que a danada da saudade me pegar”.