Poema feito em 23/abril/1998, num dia que eu tava dirigindo o Projeto Pixinguinha.
Fiz pro Orlando Villas Boas, um cara que acho um dos melhores brasileiros que conheci.
Eu sou da tribo do Orlando
sou um índio Villas Boas
solto no meio do mundo.
Abrir picadas, eu sei.
Estradas? Deixa comigo!
Futuro? Dou a receita.
Eu sou da tribo, malandro,
sou um índio vida boa
doido pra ganhar o mundo.
Contar histórias eu sei.
Memórias de um tempo antigo.
Tempo de pegar maleita.
Eu sou da tribo, não nego,
nêgo velho dos caminhos,
feito um deus vagabundo.
Eu sou da tribo e carrego
mochilas, manhas, malocas.
Meu destino é o fim do mundo.