quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Achei esse poema em velhos guardados.
É do jornalista e amigo Rodrigo França Carvalho e foi escrito quando a gente trabalhava no Diário da Manhã, um jornaleco aí.
Ah, naquele tempo o DM já atrasava e muito o salário dos seus jornalistas.
O Rodrigo foi demitido por fazer greve.
Eu também fui, uns 3 anos depois. rsrs
Cobrar salário, no DM, é crime.
E greve é pé de briga e não um ato e um direito democrático.
Ma eu falava do poema.
Posto ele aqui pela lembrança de um grande amigo que anda sumido pra carai.

"Somente um círculo
um concêntrico círculo
em direção: uma pedra
dentro do lago ou do mar
uniformemente seguindo
rastros? Xá pra lá!
Sem querer dizer: dizendo.
Sem querer olhar: olhando.
Apenas brando.
Brando? De novo, brando
Palavras...
O pacato se emudece.
Pacato? Pacato o quê?
Pacatuquê?!
Gargalhadas... trovões motivadores
espalhando do nada
Lá vai o rio
Lá vai o círculo
Lá vai o Brandão
Sem nenhum planejamento prévio.
É jardineiro?
Quem disse que não?

2 comentários:

  1. Rodrigo sim. La vai o Rio. É ele. O Rio. Ele se foi. Ele vai. Brando. Brandamente. Com seu brado forte. E sempre suave. O Rio.

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  2. que lindo...
    brigaduuuu pelo post e pela lembrança.

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