segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Mágico chinês (Ao poeta Rubens Rodrigues Torres Filho)

Até os bofes acabaram
até as bibas penduraram as chuteiras
Até os bobos debandaram
até os loucos se cansaram das bandeiras.

Até as pulgas se mataram
e os cinemas se fecharam para os dramas
E os cantores se calaram
canções sem dono criam asas e escamas -.

Até os peixes se afogaram
como se tudo começasse outra vez.
E no silêncio da avenida, um bar, de porre:
Abra! Bradava, feito um mágico chinês.