Não sou daquelas pessoas que morrem e não desencarnam.
Eu morro e desencarno mesmo!!!
Exemplo: trabalho por anos num local. Quando saio, não me bate aquela saudade, não fico chorando pelos cantos as lembranças de tempos passados. Nada disso!
Dirigi o Martim Cererê por 8 anos.
Pedi demissão em setembro de 2006.
Nem me lembro do tempo que passei lá, como uma coisa que maltrata, que dá saudade.
Foi um rio que passou...
Mas não deixo de ir lá, fritar, sempre que tem atração massa.
A 5ª Ativa é um lance que não perco no Martim.
Aliás, acho que a 5ª Ativa é o coração do Martim ainda pulsando.
É esse evento que não deixa o coração parar.
Outro dia, saindo de lá, fiquei olhando a molecada se divertindo e pensei: porra, o Martim é importante pra caralho, na formação/informação do público jovem de Gyn!
É um espaço que, a partir de 2001, foi preparado para ser jovem e ficou marcado.
Acho massa isso, essa persistência da molecada em manter o espaço vivo, quando tantos incompetentes o querem morto.
E acho bacana ter participado da guerrilha que fez do Martim Cererê um dos grandes points jovens dessa cidade.
Assim como acho bacana o trabalho que venho fazendo no Goiânia Ouro.
Assim como acho massa o trabalho que venho fazendo, ao lado do João Bosco, na Casa das Artes (o ex-Cete).
É isso, dom: morro, desencarno e vou encarnar lá na frente, pra trabalhar e preparar outros espaços para Goiânia e seu público.
O que acho mais bacana é que esse meu trabalho irrita os sem-talento, os despreparados, os que não conseguem construir nada e ficam malhando quem constrói.
Ó, dor de cotovelo maldita!!!
Cultura se faz com trabalho e não com falação.
E em Goiânia, conta-se nos dedos os que trabalham.. assim como não se consegue somar a quantidade de bobos faladores sem talento.