Tô aqui ouvindo Cat Stevens.
Acho esse cara do caralho!
Gosto desses artistas que, no auge do sucesso, largam tudo pra se aventurarem por caminhos outros, nada a ver.
Stevens virou muçulmano e privou a gente da sua arte.
Artista é assim mesmo.. vai lá a gente tentar entender a cabeça dos caras.
Outro dia, no Martim Cererê, eu e Dom Diego de Moraes falamos sobre isso.
Falamos que existem artistas que conseguem segurar a onda, segurar a cabeça e conviver com sua loucura e com a loucura do mundo externo.
E falamos que existem também artistas que não conseguem administrar sequer a sua loucura.
Esse são frágeis e merecem atenção, pois correm o risco de enlouquecer num vapt vupt.
Eu e Dieguito conversando não pode haver coisa mais maluca.
Não somos exemplos de sanidade.
Sabemos disso.
Mas insistimos.
Tô aqui, ouvindo Cat Stevens e lembrando da sanidade do Dom Diego.
Saúde, moleque!
quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
terça-feira, 14 de abril de 2009
Um amigo e parceiro de músicas e loucuras, Silas Rodrigues, puta guitarrista goiano/carioca, musicou essa letra que posto abaixo.
O massa é que essa letra tem uma história.
Geralmente, minhas letras não tem história alguma, nenhum vínculo com a realidade, com fatos acontecidos, ou coisas assim.
Faço letras fazendo letras.
Nada mais.
Também não é espiritismo, inspiração, transpiração, esses papos tortos de gente metida a querer explicar o que não precisa de explicação.
Faço letras e pronto!
Mas como eu dizia, essa letra tem uma história.
Um amigo que não vejo há uns cinco anos, tava desempregado e cismou de comprar cigarros no Paraguai e vender no Brasil.
Levou 5 mil reais e foi.
Chegou lá, conheceu uma morena e gastou com ela, R$ 4.500,00. rsrsr
Quando viu a cagada que tinha feito, teve uma idéia luminosa: comprar os 500 paus que sobraram, de maconha e, no Brasil fazer os 500 virarem algo em torno de 5 mil.
Foi pra boca comprar o fumo.
O diabo é que nesse justo dia, a polícia local tava informada de uma grande operação por parte dos traficantes.
Resultado: a polícia caiu matando, o meu amigo foi confundido com a quadrilha de “perigosos” traficantes (eita!), levou alguns tiros e, teimoso que só ele, ficou caído no chão, perdendo sangue, durante horas.
Quando foi encontrado, quase morto, foi parar no hospital e, depois de lá, pra cadeia.
Como tava com o corpo todo enfaixado por causa dos curativos nos locais das balas, ele não conseguia alcançar, quando era entregue a ele, a marmita com o rango de todo dia na prisão.
Sem saber falar a língua dos caras e cheio de gíria, esse meu amigo (um dos caras mais adoráveis que conheço), só sabia dizer, pedindo para o outro preso ou para o carcereiro esticar o braço para ele conseguir pegar o prato de rango.
Ele falava: estica, mano, estica!
E não é de ver que essa frase virou um bordão entre os presos da cadeia de Pedro Juan Cabalero?
Todos, presos e policiais, passaram a usar o bordão: estica, mano, estica!
Daí, quando ele voltou pro Brasil, pra Goiânia, e me contou a história, fiz essa letra em homenagem a esse amigo.
O diabo é que ele sumiu logo depois e nunca mais o vi.
Quer dizer: essa música, um estranho rap metal, ficou massa e o dono da letra nem sabe que ela existe.
Não sei se tem jeito de postar a canção aqui.
Vou ver se tem.
Se tiver, posto, na voz do Silas Rodrigues.
Por enquanto, vai só a letra de “Estica, mano!”
Ninguém me manda
ninguém me muda
ninguém me toca a mão
Ninguém me sabe
ninguém me usa
ninguém, meu coração
Se a vida rola
deixo de rolo
eu sou meu avião
Ninguém me saca
e o meu revólver
não é pra qualquer mão.
Ninguém me engana
ninguém me estranha,
estranha pretensão
Ninguém me olha
me vê na fita
soldado de plantão
Uma cidade
duas saudades
eu vou na contramão
Uma cilada
dois alvos fáceis
estica meu irmão!
O massa é que essa letra tem uma história.
Geralmente, minhas letras não tem história alguma, nenhum vínculo com a realidade, com fatos acontecidos, ou coisas assim.
Faço letras fazendo letras.
Nada mais.
Também não é espiritismo, inspiração, transpiração, esses papos tortos de gente metida a querer explicar o que não precisa de explicação.
Faço letras e pronto!
Mas como eu dizia, essa letra tem uma história.
Um amigo que não vejo há uns cinco anos, tava desempregado e cismou de comprar cigarros no Paraguai e vender no Brasil.
Levou 5 mil reais e foi.
Chegou lá, conheceu uma morena e gastou com ela, R$ 4.500,00. rsrsr
Quando viu a cagada que tinha feito, teve uma idéia luminosa: comprar os 500 paus que sobraram, de maconha e, no Brasil fazer os 500 virarem algo em torno de 5 mil.
Foi pra boca comprar o fumo.
O diabo é que nesse justo dia, a polícia local tava informada de uma grande operação por parte dos traficantes.
Resultado: a polícia caiu matando, o meu amigo foi confundido com a quadrilha de “perigosos” traficantes (eita!), levou alguns tiros e, teimoso que só ele, ficou caído no chão, perdendo sangue, durante horas.
Quando foi encontrado, quase morto, foi parar no hospital e, depois de lá, pra cadeia.
Como tava com o corpo todo enfaixado por causa dos curativos nos locais das balas, ele não conseguia alcançar, quando era entregue a ele, a marmita com o rango de todo dia na prisão.
Sem saber falar a língua dos caras e cheio de gíria, esse meu amigo (um dos caras mais adoráveis que conheço), só sabia dizer, pedindo para o outro preso ou para o carcereiro esticar o braço para ele conseguir pegar o prato de rango.
Ele falava: estica, mano, estica!
E não é de ver que essa frase virou um bordão entre os presos da cadeia de Pedro Juan Cabalero?
Todos, presos e policiais, passaram a usar o bordão: estica, mano, estica!
Daí, quando ele voltou pro Brasil, pra Goiânia, e me contou a história, fiz essa letra em homenagem a esse amigo.
O diabo é que ele sumiu logo depois e nunca mais o vi.
Quer dizer: essa música, um estranho rap metal, ficou massa e o dono da letra nem sabe que ela existe.
Não sei se tem jeito de postar a canção aqui.
Vou ver se tem.
Se tiver, posto, na voz do Silas Rodrigues.
Por enquanto, vai só a letra de “Estica, mano!”
Ninguém me manda
ninguém me muda
ninguém me toca a mão
Ninguém me sabe
ninguém me usa
ninguém, meu coração
Se a vida rola
deixo de rolo
eu sou meu avião
Ninguém me saca
e o meu revólver
não é pra qualquer mão.
Ninguém me engana
ninguém me estranha,
estranha pretensão
Ninguém me olha
me vê na fita
soldado de plantão
Uma cidade
duas saudades
eu vou na contramão
Uma cilada
dois alvos fáceis
estica meu irmão!
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Deus carinhoso
Um ponto qualquer no infinito
um deus carinhoso mora lá
seu rosto me faz mais bonito
o deus da certeza, o que é que há?
O dono da estrela, um menino,
namora a princesa de lá
os outros são índios, ciganos...
ninguém mais precisa sonhar.
Passei algum tempo na estrela
um ponto qualquer no infinito
comi da comida de lá
ganhei alguns anos de vida
fiquei muito mais meu amigo
por pouco aprendi a voar.
Um ponto qualquer no infinito
um deus carinhoso mora lá
seu rosto me faz mais bonito
o deus da certeza, o que é que há?
O dono da estrela, um menino,
namora a princesa de lá
os outros são índios, ciganos...
ninguém mais precisa sonhar.
Passei algum tempo na estrela
um ponto qualquer no infinito
comi da comida de lá
ganhei alguns anos de vida
fiquei muito mais meu amigo
por pouco aprendi a voar.
Poleiro
O mundo, algumas vezes, me espreme:
me sinto o catchup, a maionese...
depois me vingo e, aí, a terra treme.
O mundo algumas vezes me machuca
me sinto a canela do zagueiro
(mas sei que a vida é uma nega maluca).
O mundo vai sempre esse barato,
pequeno, meu amigo, mas exato,
aldeia, sim senhor, mas quem me dera.
O mundo vai sempre esse poleiro
pedaços do que deve ser inteiro
ternura de quem dorme com uma fera.
O mundo, algumas vezes, me espreme:
me sinto o catchup, a maionese...
depois me vingo e, aí, a terra treme.
O mundo algumas vezes me machuca
me sinto a canela do zagueiro
(mas sei que a vida é uma nega maluca).
O mundo vai sempre esse barato,
pequeno, meu amigo, mas exato,
aldeia, sim senhor, mas quem me dera.
O mundo vai sempre esse poleiro
pedaços do que deve ser inteiro
ternura de quem dorme com uma fera.
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