Logo que o Cazuza morreu, eu, Pio Vargas e o Padre César, organizamos uma solenidade na igreja Ateneu Dom Bosco. Na verdade, foi uma missa rezada pelo César. No meio da reza, os artistas entravam e cantavam canções do Cazuza, enquanto poetas disparavam seus poemas.
Me lembro que cantei "quando a gente conversa/ contando casos, besteiras"...
Na época, fiz o poema "Metralhadora cheia", uma homenagem ao Cazuza.
Não sei por que, não falei o poema na tal missa.
Achei o texto, outro dia, e corri para publicá-lo aqui.
Aviso: é muito ruim.
Mas tá valendo.... veja aí:
Cazuzo com você
me caso a hora que você quiser
não faço conta das coisas
do tempo
da mágoa da tua metralhadora cheia.
Cazuzo com você
habito seu casulo
me acho tão estranho sem você
sem remédio
sem o toque mágico
bonito, do teu beijo.
Cazuzo com você
convivo com a sua ideologia
entendo os seus dias de exageros
Cazuzo com você, belo menino
a vida é louca e a gente é mais ainda
queria ter você, pura inocência...
a gente ainda se vê: a vida é breve.